quinta-feira, 5 de julho de 2012

Rede Municipal de Ensino aposta na Pedagogia da Sensibilidade

Numa proposta de Marcus De Mário, em seu livro A Pedagogia da Sensibilidade, o autor se utiliza dos preceitos morais, a fim de proporcionar elementos que estruturem a construção do caráter dos indivíduos.
A base para essa construção é considerarmos, como educadores, que a criança ou o adolescente são dotados de inteligência e sentimento, que aprendem através do amor, do exemplo e pelas próprias experiências vividas.
Na visão da psicopedagoga Alicia Fernandez, seria a vinculação positiva entre ensinante, aprendente e objeto do conhecimento.
Através dos valores humanos consegue-se aguçar os sentimentos dos educandos, a fim de trabalhar o desenvolvimento da sua autoestima, além de aprender que as outras pessoas também são dotadas desses mesmos sentimentos.
Segundo o autor, nesse processo construtivo, pais e educadores devem respeitar a sensibilidade de cada sujeito, considerando que uns são mais sensíveis que outros, além de que a intensidade dessa sensibilidade pode variar numa mesma pessoa, dependendo do fato ocorrido.
Às vezes uma criança briga com o colega e o chama de bobo, este chora apresentando muita mágoa, sentimento de dor. A mesma situação vivida por uma criança com a autoestima mais elevada não provoca tanto sofrimento, pois a mesma já aprendeu a superar esse sentimento.
Ainda sobre a sensibilidade, “Estudos revelam que crianças que raramente ou nunca são surradas têm melhor desempenho em testes de inteligência do que crianças que apanham frequentemente. O atraso no desenvolvimento de suas capacidades cognitivas está relacionado com a falta de diálogo e afeto dos pais, fatores de estímulo e enriquecimento de sua capacidade de aprender”, diz o autor.
Compartilhando vivências e experiências, a criança e o adolescente vão aprendendo a conviver com as diversas situações da vida, passando a controlar melhor suas emoções, tornando-se equilibrados emocionalmente, o que facilitará o processo de aprendizagem e seu desenvolvimento cognitivo.
Da mesma forma, aprenderão a se sensibilizar com o sofrimento do outro, emocionando-se mais, aumentando a afetividade em relação ao mundo que os cerca.
O papel da escola, nesse sentido, é também o de trabalhar os valores humanos existentes nas relações familiares, como: diálogo, afetividade, amizade, respeito, amor, atenção, carinho, dentre outros, a fim de desenvolver a Pedagogia da Sensibilidade.
Deve trabalhar com os alunos práticas de cooperação, bondade, solidariedade; as relações interpessoais; exercícios de vida nas relações cotidianas; além de desenvolver técnicas de estudo, sensibilização; instinto, sentimento e aspecto cognitivo.

Rosangela Maria Baldessar  - Graduada em Ciências da Religião e Serviço Social
Texto adaptado de  Jussara de Barros - Equipe Brasil Escola

0 comentários:

Postar um comentário